domingo, 22 de abril de 2012

Cena típica da passagem de um antigo barco Regatão.



Quantas vezes, cheguei em locais assim.  Os seringueiros residiam onde existiam as árvores de Seringueira, e escolhiam locais onde houvesse bastante para, construir as "estradas" e  a casa.  O lugar passava a ser conhecido como; Colocação.  Aqui neste trecho de rio, criei várias casas, e a maior, de duas portas é no estilo das lojas armazem de cada seringal. Locada na sede do Seringal, esta pomposa casa ganhava o nome de Barracão. Lá vocês podem ver, o desembarque de mercadorias.  Este barco fiz, semelhante ao que tantos anos me serviu de casas de comércio itinerante. Aqui nesta margem, uma casa típica. No porto, vê-se uma tábua larga, ela é conseguida em uma só peça, sendo extraida de sacopembas de algumas árvores. Algumas são resistentes e duram muito, outras em um ano estão sem condições de uso.  Esta mulher que está perto desta canoa suspensa, cuida de um "canteiro" lugar que se usa para plantar, Cebolinhas, Coentro, Couve e Pimenta, pois são as únicas verduras que ainda se vê por aqui. Sempre que uma canoa não serve mais para transporte, ela é transformada em "canteiro".Um costume engraçado , é o de colocar cascas  de ovo de Galinha em cima das pontas de Cebolinha, elas acreditam, que faz bem a planta e ainda serve de proteção contra "mau-olhado" o famoso OLHO GORDO.  Sempre que o rio seca um pouco, ou muito, o barranco fica cheio  de lama e então colocam pedaços de troncos de madeira, para servir de degraus.Esta casa em que está a mulher é totalmente construida em Paxiuba, com esteios de Aquariquara, e a cobertura em palhas tecidas de folhas de Caranaí.

                                                        ECY  MONTE  CONRADO 


           A saudade, e as lembranças, são fatores de inspiração para meus modestos desenhos.

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