segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Noites de Luar, caminhadas para comer pã0 quentinho.

Nem sei se meus  visitantes estão gostando de minhas últimas postagens. recebo esporadicamente alguns comentários, e para  ser sincero, gostaria que fossem bem mais, para trocar  ideias, para aceitar  sugestões e saber:  estou seguindo um caminho certo??? Na verdade, é que mesmo para os habitantes atuais de minha Cidade, estes fatos passados, não tão remotos,alguns são totalmente desconhecidos e quase impossivel de acreditar que as Inambus fizessem isto... Afinal , todos conhecem estas aves, mas hoje em dia a margem oposta está cheia de casas, roçados, crianças, luz elétrica, barulho e o natural desaparecimento da vida selvagem, aconteceu  sumindo cam as aves...  Então agora vou contar um outro episódio, do dia a dia.  Naquela época, o transporte de  meracdorias era feito por embarcações movidas a vapor, e as  mais comuns, eram as "Chatas", que  ganharam este  nome porque seu casco todo  em ferro era uma balsa bem baixinha onde se construia em cima, dois pavimentos.  O de baixo abrigava a lenha que era comprada nos portos jã estabelecidos, tinha um curral para acondicionar  animais para o abate e a manutenção  alimentar, as  máquinas imensas,a grande Caldeira, e ainda serviam de lugar para dormir em redes para aqueles que não podiam pagar  o preço de um camarote. Tambem na parte de baixo eram abrigados os tripulantes inferiores, marinheiros etc. Na parte superior, a sala de comando com uma imensa roda de leme, toda em madeira entalhada, a seguir quatro camarotes para a tripulação de elite, Comandante, Imediato,Gerente Comercial ´e um Enfermeiro, seis camarotes eram destinados aos passageiros de "luxo", tinha um espaço com uma mesa bem comprida ali se servia a alimentação dos passageiros e dos tripulantes,[ esta mesa era removível na ocasião de  llgum  baile], no canto esquerdo da  popa, uma lojinha [precursora das lojas de conveniencia] vendia até gibis, que embora antigos, eram a minha paixão, logo agregado a loja, o banheiro feminino,  separados por um estreito  corredor, no lado direito o banheiro masculino, uma mini padaria e ainda a cozinha deste andar.. esqueci de  dizer que na parte de  baixo  tambem tinha uma cozinha.  Era um luxo para a época mas, andava muito pouco, era lenta demais, era impulsionada por uma grande roda de ferro da largura do barco e nesta roda, tábuas grossas de  madeira pesada tangiam a água. Em  cima do toldo, uma comprida chaminé não parava um segundo de expelir uma fumaça as vezes bem escura, dependendo do esforço  desenvolvido. Um apito de som fino e estridente, anunciava sua chegada e sua saída. Era ouvido de  longe, e cada vez que soava  vinha acompanhado de uma nuvem de fumaça extra..  Gastava entre  Manaus e Eirunepé "somente" trinta e sete  ou trinta e nove dias. Muitas vezes pessoas com parentes doentes que adoeciam em Manaus, enviavam cartas anunciando a doença, mas quando as recebiam os parentes que qui estavam,os doentes, haviam morrido.  Bom deixem eu contar que era nestas  embarcações que a Cidadezinha comprava TRIGO, para fazer os pães que todos gostavam tanto.  Geralmente  compravam apenas seis, no  máximo  dez sacas, que duravam apenas uns vinte dias.   O municipio todo devia ter umas tres mil pessoas, entre os habitantes da Cidade que  era de cerca de mil e oitocencentas pessoas, e a população dos seringais completava tres mil  habitantes.   No dia da chegada da CHATA, era uma festa, e independente  da hora que chegasse, apesar da anciosa e incontida espera,  os pães só seriam feitos ao anoitecer e vendidos em seguida quentinhos...uma mania, rabugenta do dono da  padaria? o velho  bonachão e enfezado portugues, Chico Ferreira.  Respeitado e querido na cidade, só muito tempo depois de sofrimento inexplicaval, consegui  [Será mesmo], entender  o porque desta atitude:  a falta de pães, a chegada do trigo, e nas noites deste acontecimento, as moças de família se reuniam e iam até a padaria em um verdadeiro desfile de beldades. Lá, atras  do  balçao, um sorridente coroa, tirava suas casquinhas com as donzelas.  Casquinha  estas que não passavam de meros e melosos elogios ditos em um portugues arrastado no sotaque luso, que as moiçolas quase sempre não entendiam mas que gratificavam o velho portuga com esfuziantes sorrisos.  Esta era a festa do  PÃO. Outros padeiros depois fizeram historia tambem: Sr. Juvenal, pai dda linda Anita e o folclorico Sinhorzinho, um especie de Bocage tão propalado por suas ferinas "tiradas".Hoje tudo  isso foi esquecido, talvez na verdade  careça de valor, mas para mim, um contador de  historias é bom registrar. Ajude-me a tornar  melhor  meu, nosso Blog: teça comentários vai me deixar feliz, tanto quando recebia de  minhas irmãs no balcão  da  padaria,  o desejado PÃO.  

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