domingo, 29 de setembro de 2013

Aa quinzenas

Ao rever este desenho, me transporto aos anos em que fugido do golpe Militar que apelidaram de "Revolução", tive que sair fugido de Manaus e vir para Eirunepé, para trabalhar nos seringais de minha família.  Aqui ja estava meu irmão Edy, que viera, de avião tendo que passar antes por São Paulo, depois atravessando o centro Oeste brasileiro, chegando ao Acre e então, em um pequeno avião [raro na época]  chegar a Eirunepé.  Cheguei bem depois dele e tão logo cheguei, ja fui designado por meu pai para trabalhar como  seu ajudante no gerenciamento dos seringais do alto Rio Eiru.    Um afluente médio do grande Jurua, com caracteristicas semelhantes, ao seu irmão maior, o EIRU, traçava seu caminho em um milhão  de intermináveis curvas, de  prais curtas, de leito  raso e de obstáculos acumulados durante as cheias de cada ano, numa constante renovação de empecilhos a uma navegação mesmo para um pequeno barco como o nosso. Trechos que percorriamos em uma hora quando estava cheio,  passavamos as vezes dois ou mais dias, tentando ultrapassar os troncos grossos, que atravessavam de um lado a outro. mas...como negar?   TENHO SAUDADES>

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