sábado, 17 de março de 2012

Minha opinião sobre preservação.

Muito se fala em preservação nos dias de hoje, e principalmente da Amazõnia que parece ser a menina dos olhos do mundo dito super civilizado.  Demarcações de terras para reservas indígenas, traçadas dentro de gabinetes com ar- condicionado, e por pessoas que nem sequer sabem o que é uma aldeia. Quase sempre em terras onde estão instalados trabalhadores produzindo, organizados, seringueiros em minha região, agricultores bem mais acima no extremo norte do Brasil, enquanto áreas imensas, criam bolsões desocupados e que bem poderiam ser entregues aos nossos índios dando a eles, o que de direito: terras nativas sem a presença dos brancos.  Vejo que agora os índios tem dinheiro, e facildades de comprar motores etc. mas não vejo ninguem interessado em cultivar seus costumes, ensinar aos jovens o valor de serem eles mesmos, de falar de suas tradições e costumes, nada.É como se o que se dá a eles, bens manufaturados, suprisse a nossa responsabilidade para com eles.Sei que o Governo os assiste com medicamentos, e é até injusto nos antigos seringais, se vê as vezes quando surge um surto de qualquer doença, os seringueiros ficam desassistidos mas, os índios não,vem helicóptero, equipe médica e muito medicamento na hora que o primeiro caso acontece.    E os índios nas cidadezinhas como a nossa,vivem bebados brigando entre eles mesmo e cada dia mais se afastando de sua Cultura e Tradição.  Outra coisa que acho que está errada,é que, nossos antigos seringueiros, adquiriram o hábito de viver da caça e pesca. E matavam tudo ou quase tudo para,comer. aves ornamentais como as Araras, Tracajás, jabutis, Antas, Porcos etc... conheci alguns que até Preguiça comiam.  Eram outros tempos.Tudo era difícil de conseguir, e não existiam as facilidades que a tecnologia proporcionou ao homem, quer seja no quesito das comunicações, quanto evolução e facilidade da implantação de meios de criações de animais, incluindo aí, a psicultura que tem um baixo custo de implantação, se for feita de maneira rustica, porém com exito na nossa região. Ora, se o governo incentivasse a criação de peixes regionais nas comunidades, colocando um técnico em psicultura que orientasse, o começo dos trabalhos, e doasse para a comunidade os primeiros peixes[Tambaquis por exemplo] logo, toda a população local teria uma fonte renovavel de abastecimento alimentar e diminuiria MUITO a pesca que mesmo artesanal, pela quantidade de pessoas que a praticam, tem seu efeito desastrado para algumas espécies.  Quando eu era um jovem rapaz, eu lembro que todos os dias no mercado de nossa cidadezinha, tinham Tambaquis de trinta, ou vinte e tantos quilos , Pirarucus imensos e muitos outros peixes que eram pescados com facilidade. Hoje, é coisa rara ver-se um Tambaqui de 25 kgs, ou mais. Sempre os maiores agora, não ultrapassam os doze quilos. De uma maneira errônea, vejo amigos meus dos seringais dizerem que o que o Deus deixou, o homem não acaba. É uma maneira de dizer que Deus é maior que tudo. A ignorancia, é o maior de todos os males, disse um sábio. Ao usar o nome de Deus, ele tenta justificar um erro que cometeu e comete, talvez tentendo explicar o inexplicável.  Aí está o erro que vejo na política de Proteção Ecológica; é necessário se dispor a gastar um pouco de dinheiro para chegar as comunidades, e deixar técnicos, e instrutores para falar de preservação, mostrando na pratica, implantando projetos de criação de peixes, de aves, e aí sim, ganhar a adesão destas pessoas de bem, que se tornarão fiscais da proteção de nosso Meio Ambiente. Existe uma falsa política de preservação das florestas, pelo menos nas pequenas derrubas, que são muito nocivas, sobretudo porque destroem madeiras de lei selecionadas.  Se houvesse da parte do governo, um apoio a quem tem terras e quer realmente preservar, seria diferente. Que se desse ao dono da terra o direito de cortar árvores, mas que esta concessão de direitos, trouxesse consigo a obrigação do replantio e manutenção de dez novas árvores para cada uma da espécie abatida e fiscalizada por um agente do governo. Assim eu acredito na manutenção da floresta. Que cada serrador que tivesse invadindo terras alheias e cortando sem regras ou limites, fosse preso e pagasse o valor da madeira roubada ao dono das terras, e ainda uma multa ao governo. Ao contrário disso, hoje existe um projeto [ou já uma lei] que desapropria as terras de antigos donos desde o tempo dos seringais, e anula ou diminui drasticamente o tamanho de suas terras, e ai vem as invasões, e a depredação da floresta, pois os costumeiros invasores dizem que agora ninguem é dono e podem fazer o que quiserem.  Gostaria de ter contato com alguma ONG Internacional, de defesa da Natureza que eu mostraria IN-LOCO o que estou dizendo, e talvez este meu grito solitário de revolta fosse ouvido.  Sou TOTALMENTE  CONTRA a internacionalização da Amazônia.Sou Brasileiro, AMO meu Pais, mas gostaria de ver um dia nosso governo, criar um grande programa de estudos sobre a Amazõnia, abrangendo todas as facetas de estudo: poder da Flora, a riqueza da Fauna, as minas de petróleo e outros minerais que existem, e que nesta missão se permitisse a inclusão de pesquisadores de outras nações, que estivessem desenvolvendo estudos nestas áreas, naturalmente que CHEFIADOS por Cientistas Brasileiros. O ganho que se teria seria imenso, e afinal, quem mais lucraria seria a propria HUMANIDADE, com a descoberta de novos remédios, de novas jazidas de minerais ricos, de um maneira mais séria e produtiva de explorar com racionalidade a Floresta.  Quem realmente ganharia com estes estudos,volto a dizer; seria a Humanidade que vive constantemente pressionada pelo preço que paga pelo desenvolvimento de alguns paises:com a POLUIÇÃO que está destruindo nosso planeta.

                                                             Ecy  Monte  Conrado 


                             O Planeta pertence a todos nós. Somos responsáveis por ele.

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