quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Gongos, larvas de Cocos que se transformam em espetinhos de churrasco.





CURIOSIDADES
GONGOS>



Quando eu trabalhava no rio Eiru  gerenciando Seringais, ainda se faziam as "pelas" de borracha, enormes bolas de látex defumado.  Era um processo muito demorado, pois ao chegar da selva com o Látex que havia colhido, o seringueiro tinha que acender o fogo de uma rústica fornalha, nela depositar material orgânico  para  queima, e como estava abafado, produzir uma densa coluna de fumaça, para secar o látex que era derramado em cima de um pau roliço no qual se derramava o "leite" da seringa e com o calor da fumaça, criando capas sobre capas de látex, até o tamanho desejado. Esta atividade  era diária, e exercida sempre pela parte da tarde quando do retorno do seringueiro.  Antes de sair para  a sangria e colheita do latex, ele devia deixar bastante material para queimar, que podia ser de pedaços de madeira , ou cocos secos colhidos das palmeiras de Aricuri, Jarina que forneciam um carvão melhor que os pedaços de madeira.  Estes cocos colhidos já secos,eram amontoados em um lugar para posterior queima, e com o passar do tempo, se formava dentro deles uma larva bem grossa que os seringueiros ao partirem os cocos, retiravam, e espetando-as em um espeto de madeira  bem fina, assavam ao calor da fornalha e as comiam com Farinha.  Não fiquei entusiasmado ao ponto de comer, mas a bem da verdade deve ser dito que o cheiro delas quando estavam  assando era tentador e convidativo. Era um cheiro bom típico de comidas temperadas  com leite  de coco. Algumas pessoas adicionavam sal, a maioria no entanto as degustava sem acrescentar senão farinha de Mandioca. Os cocos de Aricuri tem o formato alongado e as  pontas finas, lembra , um KIbe.  Não são tão grandes e chegam no máximo a dez  centímetros. Suas  larvas não ultrapassam os três centímetros de comprimento e são da grossura de um charuto comum.

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