terça-feira, 3 de setembro de 2013

Uma viagem de memória e de saudades.


Fui surpreendido pela vinda de um grande amigo, de um verdadeiro irmão, o Dr. Amazonino Mendes, figura ilustre, renomado homem público, que nascido nos seringais do Rio Eiru, em um momento de puro sentimentalismo, de saudade materializada, pelo laço inconfundivel dos que sabem amar, largou tudo: seus numerosos afazeres compromissos de  executivo bem sucedido e chegou aqui.{ ainda jovem, foi Prefeito  de  Manaus, e nesta época já tinha se firmado   como um bem sucedido empresário  das, construções civís,. administrando sua empresa a ARCA. Sua trajetória política ainda o levou por tres vezes ao Governo do Estado, Foi senador, voltou a ser Prefeito, e agora neste gesto  de Caboclo Amazonida, vem rever as terras onde  durante tantos anos viveram seus ancestrais.} Foi gratificante  para  mim, excursionar ao lado deste  cara que para mim é um ídolo. Para adentrar o rio Eiru, tivemos que embarcar em um barco regional, e, para avnçar até  onde antigamente foi a sede dos seringais do alto rio, levamos pequenos e velozes barcos, que mesmo com o rio ainda com um bom volume de água, sempre oferecia perigo, tal a quantidade de árvores caidas e submersas em seu curso,  Convidou-me  para  ir em sua companhia no pequeno  "deslizador, ou voadeira", e neste  mesmo barco, um grande amigo seu, Dr. Ronaldo Leite, e ainda dois funcionários, um pilotando o barco. A seu pedido, sentei-me na frente ao lado do piloto e fui orientando a direção e ser seguida, graças a Deus a experiencia, de tantos anos que vivi sempre viajando neste rio,  ainda estava em mim, embora adormecida pelo tempo  ausente,  não batemos nenhuam vez.  Depois de longas e  cansativas horas[ apesar da velocidade do possante barco] chegamos ao porto do que nos anos de 40 e 50 tinha sido a sede do Seringal Sabóia, onde  moravam os avós de Amazonino.  Irreconhecivel até para quem nunca saiu do rio Eiru. Em início da década de 1960 a sede dos Serigais ja estava instalada bem abaixo em um local chamado Sta Maria. Nem este local onde o Pai de amazonino tinha uma bela fazenda de gado, se conhece mais.  Uma coisa me sensibilizou, ví quando chegamos ao porto do antigo local, a emoção balançar a estrutura humana de Amazonino. Senti sua emoção aflorar, e competir em tamanho com as Samaúmas os Atroaris, Pau d'arcos e outros. Me perdi nesta comtemplação muda, de ver o respeito, a ternura e a devoção por aquele pedaço perdido de Floresta onde estava contada sem palavras, em cada folha, em cada árvore uma historia que podia ser vista pela janela aberta da saudade. Notei que disfarçadamente, meu amigo limpou uma lágrima que furtiva, desceu em seu rosto, e admirei aquele homem que tantos combates venceu, que tanta luta enfrentou, ser exposto na fragilidade, ou força dos sentimentos de amor.  Este meu novo desenho, retrata o rio Eiru bem no alto, aonde se divide em dois, com um afuente chamado CIPARÚ de onde descem as  águas  barrentas que escreveram a historia desta Família de homens bons trabalhadores e Honrados. É minha justa homenagem ao companheiro, ao homem, ao amigo e CABOCLO AMAZONINO!

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