terça-feira, 17 de abril de 2012

O Queixada que até a Onça respeita


       Este Porco até uns quarenta anos atrás, era encontrado com facilidade em quase todo o Amazonas.     Formavam Varas de cem [100] indivíduos ou mais, e eram muito destemidos. Com frequencia, em bandos enormes, apareciam nas casas de seringueiro e até mesmo nas Vilas e pequenas Cidades, e nada os fazia mudar o curso do caminho que vinham percorrendo. Um dos últimos grandes bandos que apareceu em nossa cidade foi no ano de 1968, quando surgiram na periferia da cidade e passaram pelos campos de gado e sairam na orla da cidade rumando para o Lago dos Portugueses, e de lá atravessaram o rio Juruá, indo então rumo ao rio Tarauacá. Para a população da época foi uma festa, já que quase todas as famílias conseguiram matar alguns animais e ficaram com carne para se alimentar por dias.   Na selva, eles são respeitados por todos os animais; costumam matar e comer o que estiver em sua frente, não dispensando cobras ou outro bicho qualquer. A temivel e respeitada Onça Pintada, nosso Jaguar, não os enfrenta de frente. Quando vê um bando, sobe em uma árvore e ataca o último da fila, pulando em cima. Quando estão nervosos, ou  perseguido por caçadores humanos, eles despreendem um fétido cheiro de uma glandula que se localiza no fim do dorso do animal, e este cheiro é tão forte que impede a continuação da perseguição. Eles tem uma caracteristica de fuga, correm descrevendo círculos que vão crescendo de  tamanho a cada volta, então o ardiloso ser humano, evita a perseguição seguindo o bando, e cria atalhos, e assim pode matar muitos animais.  Na verdadea sua carne é de um sabor inigualavel, principalmente quando é época de frutas na floresta, e eles estão gordos.  Apesar da grande perseguição pela sua carne, [agora não se vende mais a sua pele] é um animal que ainda existe em grande quantidad e creio não estar em extinção. 
                                                                   
                                                         Ecy  Monte  Conrado   
                            Ainda temos muito o que preservar...precisa acordar para a realidade.

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