terça-feira, 12 de novembro de 2013

Novembro começa a época da enchente, nosso inverno.


Nos rios estreitos como o querido Eiru, neste mês de novembro, acontecem os primeiros "ripiquetes" que é como chamamos as primeiras investidas do Rio para crescer seu volume de água. Um outro afluente do grande Jurua, fica um pouco abaixo da foz do Eiru, é o Rio Tarauacá, bem maior que o Eiru e sem dúvidas o rio mais barrento que conheço, sua água nesta época do ano, se transforma em uma lama fina e para beber, as pessoas tem que coletarem água e deixarem decantar por mais de uma hora em um vaso para que a lama fique acomodada no fundo e então ter água relativamente limpa em cima. Viajando subindo o rio, é impressionante, a quantidade de detritos que desce na forte correnteza deste rio. No Rio Eiru, o que predomina a chegada das cheias, é uma espuma bem espessa embora pouca ,que fica nas margens em face da queda de barranco por conta da correnteza.  Para quem sangra as Seringueiras, a coleta do corte diário sofre um abalo, pois as chuvas que caem diariamente sempre entram nas tigelinhas que estão enfiadas nas árvores e água faz o latex transbordar. No início da temporada, o Rio avança devagar, mas logo subirá com impetuosidade e as margens nas várzeas se cobrirão de água criando ilhas que sempre ficam repletas de animais e sobretudo Cobras peçonhentas como as Surucucus que se camuflam nas margens e atacam os incautos caçadores que invadem as ilhas.

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