SELVAGERIA NOS COSTUMES. Estive ha poucos dias conversando com um ex-seringueiro meu, e entre as recordações dos bons tempos em que os seringais eram o sustentáculo da economia, reprisamos tambem nossas aventuras em caça e pesca. Uma coisa eu não consegui esquecer mais, o método brutal e desumano que eles usavam para matar os peixes-boi que capturavam até a década de setenta. Para não estar tendo trabalho de vigiar o mamifero arpoado, eles cortavam pedaços de galhos de árvores roliços e os entroduziam nas narinas do animal, para que o mesmo não mais pudesse respirar, e assim morresse sem a necessidade de corta-lo pois diminuiria o valor comercial do mesmo. Na ápoca do desbravamento destas terras, eram muito numerosos nos lagos e rios e, os avós deste seringueiro deixaram relatos de captura de mais de cinquenta animais por dia, para retalhar a carne e envia-la para Manaus. Outro tanto equivalente era pescado o Pirarucu, e ainda tinha, a colheita absurda de ovos de Tartarugas nas praias, que remetiam para serem traansformados em manteiga. Vejo ainda hoje a pesca predatória principalmente de Quelonios e a retirada de seus ovos, numa corrida insensata e cruel rumo a extinção destes animais tão dóceis e inofensivos. A cultura dos caboclos, a falta de uma política séria e esclarecedora permite que continue a matança. Sinto-me impotente para fazer qualquer coisa em prol deles, só me resta sentir profundameente o mal que estamos cometendo contra a nossa Natureza, e esperar que surjam projetos de criação, organizados planejados e eficientes para a sobrevivencia destas espécies.
Somos os habitantes "inteligentes" e responsáveis pela nossa Natureza terrestre
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