sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Minha cidade, Eirunepé Am. Brasil

Na realidade, eu nasci em Manaus a Capital do Estado, mas a Minha Cidade, é EIRUNEPÉ, é acidade  onde cresci, onde passei a maior parte da minha infancia, vivenciando a tranquilidade e a pureza de uma Provincia, com suas limitações no que concerna a desenvolvimento, mas que esbanjava qualidade de vida humana, onde todos se gostavam e respeitavam.  Encravada no vale do Rio Juruá, ela se situa estratégicamente um pouco acima da Foz do rio Tarauacá, o maior afluente do Juruá que nasce no estado do Acre, já próximo ao vizinho Peru. O Juruá por merecimento é considerado o rio mais sinuoso do mundo. Visto de dentro de uma aeronave, se tem a impressão que uma imensa e interminavel cobra se contorce e se alonga entre a floresta. Seus afluentes seguem este mesmo ritmo geográfico. Logo acima da Foz do rio Tarauacá, bem perto  da Cidade, fica a Foz do rio Eiru, um rio altamente produtivo em borracha, que por muitas décadas foi o sustentáculo da economia local. Todos os rios da região são de água barrenta, e o Tarauacá, quando sofre os  primeiros "ripiquetes"[primeiras cheias do rio que estava quase seco no verão] fica com sua água tão cheia de detritos de terra que não é possivel ser consumida se antes não deixar decantar  por  uma ou mais horas, a água colhida em um vaso. Apesar da  poluição que já ocorre na região, embora em pequena quantidade, os habitantes locais bebem agua colhida diretamente do rio e sem nenhum trato, e, não tente  falar que  não deve ser feito isto, ou que precisa ferver ou adicionar cloro, porque eles simplesmente vão ignorar suas recomendações, e ainda vão ficar fazendo  zombaria de suas preocupações. Muito Piscosos, neles se encontram uma imensa variedade de espécimes de bons peixes, tais como: Tambaqui, Pirarucu, Surubim, Matrinchã, Cuiu-Cuiu, Pescada, Pacu, Piau, Mandi e outras centenas de espécies que sozinhas encheriam uma página deste texto.É necessário que se diga que os peixes estão sendo exterminados. Uma ação proibitiva existe para algumas espécies e agora no Governo de Dona Dilma ela gentilmente acabou com os poucos postos do IBAMA que era o que ainda refreava a gana de exterminio que existe por aqui.Algumas espécies como o Pirarucu estão proibidos permanentemente, mas qualquer hora que alguém tiver dinheiro pode compra-lo seco em postas que chamam Manta, ou mesmo fresco vendido na rua em carrinhos cobertos. Outras espécies tambem eram fiscalizadas, principalmente na época da desova, mas sempre tem alguém burlando a lei e vendendo o que quer.. Antigamente era comum se ver Tambaquis de Trinta kgs ou mais, agora os que são pescados nos rios e lagos da região dificilmente ultrapassam os quinze quilos.  
CONTINUARÀ em nova POSTAGEM.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Brutalidade humana

SELVAGERIA NOS COSTUMES.                                                                                                           Estive ha poucos dias conversando com um ex-seringueiro meu, e entre as recordações dos bons tempos em que os seringais  eram o sustentáculo da economia, reprisamos tambem nossas aventuras em caça e pesca. Uma coisa eu não consegui esquecer mais, o método brutal e desumano que eles usavam para  matar os peixes-boi que capturavam até a  década de setenta. Para  não  estar tendo trabalho de vigiar o mamifero arpoado, eles cortavam pedaços de galhos de árvores roliços e os entroduziam nas narinas do  animal, para que o mesmo não mais pudesse respirar, e assim morresse sem a necessidade de  corta-lo pois diminuiria o valor comercial do mesmo. Na ápoca  do  desbravamento destas terras, eram muito numerosos nos lagos  e rios e, os avós deste seringueiro deixaram relatos de captura de mais  de cinquenta animais por dia, para retalhar a carne e envia-la para Manaus. Outro  tanto equivalente era pescado o Pirarucu, e ainda tinha, a colheita absurda de  ovos de Tartarugas  nas praias, que remetiam para serem traansformados em manteiga. Vejo ainda hoje a pesca predatória principalmente de Quelonios e a retirada de seus ovos, numa corrida insensata e cruel rumo a extinção destes animais tão dóceis e inofensivos. A cultura  dos caboclos, a falta de uma política séria e esclarecedora permite que continue a matança. Sinto-me impotente para fazer qualquer  coisa em prol deles, só me resta sentir profundameente o mal que estamos cometendo contra a nossa Natureza, e esperar que surjam projetos de criação, organizados planejados e  eficientes para a sobrevivencia destas espécies.

                 Somos os habitantes "inteligentes" e responsáveis pela nossa Natureza terrestre